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Git e Github não são novidade para quem programa, mas ainda há quem não saiba como aproveitar totalmente essas ferramentas fundamentais para qualquer pessoa desenvolvedora.

Ainda que você seja uma pessoa que programa em nível iniciante ou queira se destacar em seus trabalhos, é preciso olhar com atenção para esses assuntos. Vamos conhecê-los?

O que é Git e Github?

Git é um sistema de controle de versão open-source e gratuito. Por meio dele, é possível observar a criação de histórico com versões das alterações realizadas no código-fonte dos projetos de desenvolvimento. Inclusive, foi criado por Linus Torvalds, que também é conhecido como o criador do Linux. 

Embora outros sistemas tenham o mesmo objetivo de controlar versões de projetos como o SVN, o Git foi um dos que ganhou maior destaque entre profissionais que programam. Dentre os meios que permitem aplicar o Git na prática, temos o GitLab, Azure DevOps e o Github, que é o nosso foco

De cara, podemos explicar este último como um repositório remoto, que funciona como uma hospedagem do Git. É um servidor, que possibilita compreender todas as alterações desenvolvidas por cada integrante de um projeto. Desta forma, dá para unificar variadas versões de um código, ao mesmo tempo que observam-se os históricos.

Vale destacar ainda que o Github permite várias integrações com outros serviços disponibilizados de forma online, facilitando o deploy de aplicação de forma automática. Desta maneira, a integração acontece de forma contínua, sem a necessidade de ações manuais nesta parte.

Outro ponto interessante é que existem vários projetos open-source hospedados no Github, que permitem a colaboração em conjunto. Entenda melhor a seguir.

A importância de projetos sólidos e trabalho colaborativo em TI

Um dos pontos essenciais que tornam o Git e Github populares é a possibilidade de criar projetos robustos em equipe de forma colaborativa. Mas essa colaboração é, basicamente, um conjunto de ações que permitem a conexão e compartilhamento das informações e operações.

Isso acontece de forma simples: a integração em nuvem é utilizada entre os times por meio de softwares especializados. Os mesmos já estão presentes no dia a dia para facilitar a comunicação (chamada de voz, videoconferências, chats, compartilhamento de arquivos e muito mais). Estas ferramentas são essenciais para qualquer pessoa, sendo ainda mais importante para quem programa remotamente.

Benefícios

  • otimiza o trabalho do gestor, principalmente na gestão dos custos de um projeto. Afinal, como o ambiente armazena o histórico, o gestor pode entender a evolução do projeto e o papel de cada pessoa do seu time de programação naquele resultado. Isso permite acompanhar a produção, o tempo investido, as iniciativas geradas, assim como compreender os resultados. É aquela velha máxima: tempo é dinheiro!
  • aumenta a produtividade, já que, enquanto o grupo envolvido acessa as etapas das atividades, automaticamente alinham-se ao objetivo do projeto. Como a equipe estará com acesso integral aos mesmos arquivos e informações, ninguém precisará perder tempo buscando dados, nem terá ruídos de comunicação;
  • estimula o trabalho em equipe, com foco em um dos maiores desafios das empresas, que é criar sinergia entre times diferentes. Para ter ainda mais assertividade, a colaboração em equipe permite um esforço em conjunto em prol de um objetivo final, envolvendo participantes no desenvolvimento da tarefa.

Pode parecer simples, mas o Git e Github podem trazer inúmeros resultados nos pontos que mencionamos. Vamos ver então como funciona sua aplicação na prática!

Como controlar as versões do seu projeto hospedadas nas plataformas?

Para começar, um mesmo projeto pode armazenar inúmeras versões diferentes. Isso quer dizer que, em mãos despreparadas, gera problemas como o de restaurar uma etapa anterior, por exemplo.

Além disso, o Github também pode ser usado como portfólio por quem desenvolve, mostrando o projeto atual assim como a sua evolução ao longo do tempo. Mas antes de ver isso, você deve saber como criar sua conta:

Passo 1

Essa é a parte mais simples, que você provavelmente já sabe. Basta fazer no site oficial, sem pagar nada por isso. Assim que preencher suas informações, um e-mail de confirmação será enviado. Então, faça a ativação deste e-mail, que é o que permite iniciar a conta.

Passo 2

Logo depois do acesso criado, chegou a hora de instalar o Git. Embora possamos aproveitar as funcionalidades do Github na própria plataforma, é comum que a CLI, também conhecida como Interface de Linha de Comando, seja usada por quem programa.

Com um CLI bem completo, usuários podem interagir tanto no Github, como também no Gitlab. Para isso, acesse a página oficial do Git e clique no botão de download do instalador. Há versões para Mac, Windows e outras.

Para quem tem Linux, serão necessários alguns comandos: por meio de um instalador binário, você poderá usar a ferramenta básica de gerenciamento de pacotes que vem com o aparelho. Neste caso, há dois cenários:

  • Pessoas que usam Fedora, por exemplo, precisarão se utilizar do yum, instalado através do comando: $ sudo yum install git-all;
  • Pessoas que usam uma distribuição baseada em Debian como o Ubuntu. Dessa forma, será o caso de usar o comando apt-get: $ sudo apt-get install git-all.

Há ainda mais opções de instruções de como instalar o Git em outros vários sistemas Unix.

Passo 3

Chegou a hora de configurar a conta no Github e assim colocar a mão na massa nesta plataforma. Por meio do comando git config, você pode colocar seu nome e seu e-mail. Como se tratam de configurações globais, vale adicionar a opção global para os valores.

Com estes comandos executados, tanto o e-mail como o nome são armazenados e cada mudança é adicionada automaticamente. O que nos leva à próxima etapa: o armazenamento seguro das informações.

Passo 4

Você precisa criar um repositório, que é o projeto no Github. Para este passo, vá até a plataforma e preencha o campo “Repository Name” com uma nomeação sem espaços ou caracteres especiais.

Feito isto, o campo “descrição”, que virá logo na sequência, será de preenchimento opcional, mas é bom nomeá-lo, pois te ajuda a identificar melhor o projeto.

Marque a opção “Public” selecionada e clique em “Create Repository”. Com o repositório público, é possível que todas as pessoas que acessarem a página no Github consigam ver o projeto. Ah, neste momento é importante ter atenção redobrada!

Para começar, cuidado para não enviar dados sensíveis do seu banco de dados em repositórios públicos, pois isso poderá causar problemas sérios de segurança da informação. E não se esqueça que ainda existe a possibilidade de criar repositórios privados, limitando o acesso a quem você, de fato, precisa no projeto. Só não é interessante para quem busca o Github como plataforma de portfólio, por exemplo.

Iniciando um Repositório no Github

Continuando a partir do passo 4, você precisará criar uma pasta em um local seguro. Neste caso, abra um terminal e execute alguns comandos com o Visual Studio Code e, caso não o tenha instalado, precisa seguir um outro processo (será mais fácil se fizer a instalação antes).

Repositório pronto, chegou a hora de adicionar alguns itens. Aqui você precisa informar quais arquivos estarão presentes nos projetos. Vale só destacar que, em cases maiores, muitos itens serão usados e pode ser que você não queira enviar alguns para o Github. Mas os que quiser, poderá fazer por meio do comando “add”git add .\README.md.

Caso esteja trabalhando com diversos arquivos e deseje adicionar todos os itens de uma só vez, use o comando git add –all. Por meio desta ação, você informa ao projeto os arquivos que deverão estar lá, sendo gerenciados pelo Git, assim como os que devem estar no servidor.

Comitando no Github

Se você programa, com certeza já ouviu o termo “comitar” em algum momento. Em português, o termo commit representa comprometer. No universo da programação, quando alguém executa um commit quer dizer que essa pessoa está comprometida com todas as alterações realizadas no código.

Caso tenham outras pessoas envolvidas no projeto, um responsável vai enviar as informações para o restante da equipe. Assim, comitar não quer dizer “enviar as informações para o repositório remoto (Github)”, mas sim que os dados estarão apenas na sua máquina.

É essencial ressaltar que não é indicado fazer muitos commits sem realizar o envio para o servidor. Da mesma maneira, não se deve ficar muito tempo sem buscar novas mudanças no local.

A solução mais recomendada é que você realize seu trabalho com foco em pequenas partes do software. Desta forma, você soluciona o problema, faz o commite já envia para um servidor. Neste caso, vale a pena baixar a versão mais atual do servidor para não ter problemas.

Comentários

Como estamos falando de commits, uma das ações mais comuns é a utilização de comentários. Embora existam locais que não tenham esta comunicação, em outros o alinhamento acontece constantemente por este recurso.

É simples demais acrescentar comentários: por meio do parâmetro “-m”, inclua o texto durante o processo de commit. Agora você pode depositar os dados no servidor tranquilamente.

Branchs

Branchs nada mais são do que ramificações presentes no código, no qual podemos gerar uma versão específica e assim alterar, de alguma forma, sem correr risco de modificar a original.

Vale destacar que todo repositório criado tem uma branch padrão denominada Master. Para entender o motivo de estarmos falando disso, veja o exemplo a seguir:

Você desenvolveu uma nova funcionalidade no software que está trabalhando e, como consequência, isso altera o código do sistema e modifica outras áreas que estão “ok” e que demoraram algum tempo para desenvolver.

Ainda que, por alguma razão, o desenvolvimento tenha sido iniciado na Branch Master, o bug surgiu e precisa ser corrigido com máxima urgência. Por isso, é comum ter várias Branchs em um mesmo projeto, para facilitar ajustes no caso de um bug. O ideal é criar uma Branch para desenvolver cada item e depois uni-los à Master.

Enviando arquivos no Github

Primeiramente, envie os arquivos para um repositório remoto. Os envios pelo Git são realizados por meio do comando push e devem sempre especificar melhor a Branch para origem do mesmo comando.

Como trabalharemos na Branch Master, vamos especificá-la como padrão no envio, utilizando o comando git ”push -u origin master”. Com isso, em poucos segundos, todos os arquivos enviados irão diretamente para o servidor. Caso precise acessar, basta seguir pela URL: https://github.com/USUARIO/meu-primeiro-repositorio.

Atualizando os arquivos locais

Esta é uma das funcionalidades mais fáceis de compreender. Em inglês, usamos os comandos push pull para as ações de empurrar e puxar, respectivamente. Contudo, sinalizamos a importância de sempre enviar arquivos para o servidor. Neste caso, usaremos o comando git push para enviar e, no caso de atualizações, o comando “git pullComo o Github é um ambiente muito colaborativo, é importante baixar com frequência os códigos atualizados.

Integração com o Visual Studio Code

A priori, entenda que mesmo que um conteúdo apresente comandos do Git, é precios ter em mente que as ações podem ser realizadas no próprio VSCode.

Mencionamos ele logo no início do texto e retomamos isso por diversos motivos. A integração do Git com o VS Code é maravilhosa e você pode conseguir isso em poucos passos.

Pressione CTRL (CMD)+SHIFT+G e veja a tela de repositório. Lá estarão todas as alterações neste ambiente, possibilitando comitar e ainda enviar/receber outros itens. Crie outros repositórios para testar à vontade, revisitando o nosso passo a passo quantas vezes quiser.

Como clonar um repositório no Github?

Agora que você já sabe criar um repositório, chegou a hora de entender como realizar uma clonagem no Github. Por meio do comando git clone, você pode clonar um repositório já existente em uma mesma máquina. Esta opção pode ser usada em diversas situações! Imagine, por exemplo, que você iniciou seu trabalho e o repositório está em uso. O mais indicado é usar o clone, correto?

Para isso, encerre o Visual Studio Code e exclua a pasta criada anteriormente. Depois disso, inicie um terminal e vá para uma pasta segura, digitando o comando git clone (https://github.com/USUARIOmeu-primeiro-repositorio.git). Se quiser clonar novamente um repositório, use este comando.

Bem, você deve ter notado o final com “.git”, né? Isso quer dizer que temos um repositório local novamente e, por meio disso, podemos executar os comandos de push/pull e realizar ações com os arquivos presentes nele.

Existem formas de usar o Github para evoluir na parte profissional. Entenda melhor a plataforma e como pode te ajudar a ter um portfólio interessante, aumentando o interesse de recrutadores tech.

Git e Github: como evoluir na carreira de dev?

Que o Github é uma plataforma que pode ser usada para criar um portfólio interessante, isso você já descobriu. Mas agora vamos dar algumas dicas de como usar isso a seu favor na hora de buscar uma vaga.

Além do trabalho em equipe, você pode criar Project Boards para gerenciar melhor as etapas dos projetos. Funciona como uma espécie de Trello, então se você já usou esta plataforma, vai adorar nossa sugestão.

Enfim, há ainda a opção de usar as Wikis, que nada mais são do que seções que armazenam a documentação de um determinado projeto. Neste ambiente, outras pessoas podem acessar de forma segura os dados hospedados.

Como aumentar suas chances em um processo seletivo com o Github

  • Descreva suas habilidades e compartilhe projetos. Isso é fundamental para se manter em destaque com os recrutadores;
  • Invista em um bom Readme, que descreva o projeto.

Acredite, isso já é meio caminho andado. Entretanto, se quiser avançar um pouco mais, organize os repositórios e desenvolva códigos de fácil compreensão.

Como se trata de uma rede social, a interação é essencial para fomentar sua rede de contatos e se aproximar mais facilmente de outros projetos/oportunidades. E, claro, também aproveite as licenças para o seu projeto, usando o Choose a License para definir qual deve usar.

Se tudo for feito de forma correta, o Github vai adicionar um pequeno ícone no topo do projeto. Invista nisso, pois pode ser o diferencial que vai te destacar entre outros profissionais.

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By Lucas Rodrigues Monteiro

Bacharel em Sistemas da Informação, Certificado MCTS 70-680 / MOS, Trabalho como Administrador de Redes, Firewall e Servidores Windows e Linux! Minhas atividades favoritas são: Caminhar, Fazer Trilhas, Natureza, Insetos e claro ler sobre Tecnologia.

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